Ninguém casa pensando em se separar. Quando o casamento se rompe, você tem que lidar com o luto, com a perda, com a dor, com o fracasso. É muito doloroso. Mas é possível fazer isso como um crescimento.
É o caso do empresário D. B., 53, de São Paulo, que saiu de um relacionamento conturbado, com uma mulher 14 anos mais jovem. “Saí do relacionamento gostando dela”. Outro problema enfrentado foi o certo preconceito por estar sozinho. “Você acaba perdendo os amigos, porque todos estão casados e as mulheres olham com ciúmes porque você está solteiro. Acabei sendo colocado de lado do ‘clube'”, observa.
Entre os comportamentos comuns ao fim de uma relação, Jacy identifica a raiva e o ódio, o que, segundo ela, só prejudica a própria pessoa. “Se a pessoa não fizer uma releitura do que aconteceu, acaba levando para outros relacionamentos os mesmos erros”.
A especialista observa também que, de um modo geral, uma das duas partes sai ferida deste processo. Uma das principais causas da dor é a rejeição, que pode incitar sentimentos que não ficaram bem resolvidos na infância. “Ninguém gosta de se sentir rejeitado, porque isso mexe muito com núcleos emocionais que cada um tem uma bagagem. Se a pessoa tem estrutura emocional pra lidar com aquilo é pontual, mas se na infância foi rejeitada, por exemplo, pela família, isso se potencializa”.
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